segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Maria Tomásia

Nascida em Sobral, zona norte do Ceará, Maria Tomásia Figueira Lima foi casada com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima. Era considerada excelente oradora. Sua atuação junto ao movimento em prol da liberdade dos escravos tornou-a reconhecidamente a alma feminina da campanha pela abolição. Ocupou o cargo de presidente da Cearenses Libertadoras, sociedade organizada em uma reunião na chácara de José do Amaral, no Benfica, na qual esteve presente José do Patrocínio. Durante a solenidade foram entregues cartas de alforria a seis escravos. Na instalação solene da Cearenses Libertadoras, fato ocorrido nos salões do Clube Cearense, foi executado o hino da Sociedade Cearense Libertadora, com música de João Moreira da Costa e letra de Frederico Severo, além de serem entregues setenta e duas cartas de alforria, concedidas por eminentes representantes da sociedade cearense.
Os primeiros exemplos de organização de mulheres nos vieram das regiões norte e nordeste, no final do século XIX, e eram voltados para a causa abolicionista. Nascida no Ceará, em 1882, a Sociedade das Senhoras Libertadoras ou Cearenses Libertadoras, presidida por Maria Tomásia Figueira, em parceria com Maria Correia do Amaral e Elvira Pinho, atuou em defesa da liberdade fundando associações em Fortaleza e no interior do estado, contribuindo para que, em 1884, a Assembléia Legislativa provincial, finalmente, decretasse o fim da escravidão no Ceará.

Jovita Feitosa

Histórica jovem brasileira nascida em Tauá, na Microrregião do Sertão dos Inhamuns, Estado do Ceará, que se destacou pela bravura e destemor, preparando-se para lutar na guerra contra o Paraguai. Filha de Maximiano Bispo de Oliveira e de Maria Alves Feitosa, perdeu a mãe ainda na adolescência, vítimada por uma epidemia de cólera, e mudou-se com o pai para Jaicós, no Piauí. Dedicada à arte da música, aos 17 anos tomou conhecimento do clamor patriótico criado contra o invasor Francisco Solano Lopez, que avançava pelo sul de Mato Grosso (1864), encaminhando-se para a colônia militar de Dourados, pretendendo chegar até Corumbá, iniciando a Guerra do Paraguai (1864-1869). Principalmente depois de saber que o Imperador Pedro II estimulava o patriotismo entre os homens, com a frase O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. Então largou seus anseios musicais e, disfarçada de homem, foi à capital alistar-se para ir à guerra lutar contra a humilhação passada pelos seus compatriotas nas mãos dos invasores. Cortando os cabelos e usando um chapéu de couro, disfarçou-se de homem e apresentou-se em Teresina, onde se agrupavam os Voluntários da Pátria. Conseguiu alistar-se, porém, ainda antes de partir para a guerra, foi descoberta por outra mulher, que percebeu os furos em suas orelhas e a denunciou às autoridades. Mesmo descoberta, foi ao Rio de Janeiro com os demais voluntários (1865), onde foi aclamada pelo povo e recebeu inúmeras homenagens, discursos e admirações devido à sua atitude patriótica. Contudo, log depois, o então Ministro da Guerra,Visconde de Cairú, expediu um ofício, negando-lhe permissão para a frente de combate e dando-lhe apenas o direito de agregar-se ao Corpo de Mulheres que iria prestar serviços compatíveis com a natureza feminina. Impedida de ir aos campos de batalha a jovem heroína viu seus sonhos patrióticos irem por terra, resolveu permanecer no Rio de Janeiro, decepcionada com o acontecido. Longe de sua terra e de sua família e fortemente amargurada, envolveu-se sentimentalmente com um engenheiro inglês de nome Guilherme Noot, passando com ele a viver na praia do Russel. Depois das muitas frustrações, inclusive de ter sido abandonada pelo amante, caiu em profunda depressão e acabou suicidando-se com uma punhalada no coração, com apenas dezenove anos de idade.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

*Irmã Emmanuelle

Certo dia, passeando pela internet, me deparei com a foto, que coloco nesta postagem e, não precisei ler ou ouvi mais nada sobre a pessoa que abria os braços para a criança em meio aos escombros de uma guerra, a imagem era muito clara, ali estava uma pessoa ILUMINADA!

Confesso que me emocionei e chorei, como chorei novamente agora, dai fui em busca de sua biografia e, não deu outra, era exatamente o que pensei, seu nome de guerra "Irmã Emmanuelle".
Esta figura, que até então eu nunca tinha ouvido falar, faleceu a pouco tempo na França, para ser mais preciso na segunda-feira, em 20 de outubro de 2008, aos 99 anos. Era conhecida como “Irmãzinha dos mendigos”. Irmã Emmanuelle passou boa parte de duas décadas trabalhando com os zabbalim, ou catadores de lixo, que ganham a vida vasculhando os rejeitos da capital egípcia. Ela ajudou a estabelecer uma rede de clínicas, escolas e jardins para as crianças faveladas, e uma associação que fundou opera hoje em oito países, do Líbano a Burkina Faso.

Alguns fatos:

Ela escreveu a Bento XVI dizendo que a condenação da contracepção, da PÍLULA, do PRESERVATIVO era um erro. Ela mesma era testemunha de coisas horríveis no Cairo, o martírio dessas meninas violadas, grávidas, para aceitar que, em nome do dogma, milhões de crianças fossem condenadas à morte.
_O Papa respondeu? 
Perguntaram a ela, e sorrindo ergueu os olhos ao céu dizendo: 

_Claro que não! Afinal, é o PAPA!


Seu nome civil era "Madeleine Cinquin", nasceu em Bruxelas, filha de pai francês e de mãe belga. Completaria 100 anos, em 16 de novembro de 2008.

No domingo, 19 de outubro de 2008, antes de dormir, sua enfermeira lhe deseja boa noite, e ela responde:
_ Não sei se a verei amanhã!
Pela manhã ela foi para o outro e desconhecido lado, sem sair de perto de nós!

Sua história fala por si só, com certeza ela não era só bondade mais, com mais certeza ainda, seus defeitos serão desconsiderados frente às suas virtudes, seus atos e desejos de acertos. Seu comprometimento com a vida era tanto que seus erros devem ser relevados, pois não eram cometidos com este propósito!


Importante!
O código dos direitos autorais, definidos em decretos divinos e registrados no cartório de DEUS informa:
Esta obra conhecida pelo nome "Irmã Emmanuelle" pode, merece e deve ser copiada!

*Pham Thi Kim Phuc

A menina do Vietnã
Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem (foto abaixo).
Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele.
Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.
Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a “Fundação Kim Phuc”, dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Chiquinha Gonzaga - Francisca Edwiges Neves Gonzaga

Compositora, instrumentista, regente. Rio de Janeiro, RJ, 17/10/1847–idem, 28/02/1935. Maior personalidade feminina da história da música popular brasileira e uma das expressões maiores da luta pelas liberdades no país, promotora da nacionalização musical, primeira maestrina, autora da primeira canção carnavalesca, primeira pianista de choro, introdutora da música popular nos salões elegantes, fundadora da primeira sociedade protetora dos direitos autorais, Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, filha do militar José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa Maria de Lima.


Estudou piano com professor particular e aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal: Canção dos Pastores. Casou-se aos 16 anos, com um oficial da Marinha Mercante escolhido por seus pais. Poucos anos depois abandonou o marido por um engenheiro de estradas de ferro, de quem também logo se separou. Passou a sobreviver como professora de piano. A convite do famoso flautista Joaquim Antônio da Silva Callado (1848-1880), passou a integrar o Choro Carioca como pianista, tocar em festas e freqüentar o ambiente artístico da época. A estréia como compositora se deu em 1877, com a polca Atraente, composta de improviso durante roda de choro em casa do compositor Henrique Alves de Mesquita e publicada pela Viúva Canongia, Grande Estabelecimento de Pianos e Músicas.


Por desafiar os padrões familiares da época, sofreu fortes preconceitos. Aperfeiçoou-se com o pianista português Artur Napoleão (1843-1925). Sua vontade de musicar para teatro levou-a a escrever partitura para um libreto de Artur Azevedo, Viagem ao Parnaso. A peça foi recusada pelos empresários. Outras tentativas fracassaram, até que conseguiu, em 1885, musicar a opereta de costumes A Corte na Roça, encenada no Teatro Príncipe Imperial. Em 1889 promoveu e regeu, no Teatro São Pedro de Alcântara, um concerto de violões, instrumento estigmatizado àquela época. Foi uma ativa participante do movimento pela abolição da escravatura, vendendo suas partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora.


Com o dinheiro arrecadado na venda de suas músicas comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico. Chiquinha Gonzaga também participou da campanha republicana e de todas as grandes causas sociais do seu tempo. Já era uma artista consagrada quando compôs, em 1899, a primeira marcha-rancho, Ó Abre Alas, verdadeiro hino do carnaval brasileiro. Na primeira década deste século esteve algumas vezes na Europa, fixando residência em Lisboa por três anos.


De volta ao Brasil deu uma contribuição decisiva ao teatro popular ao musicar, em 1912, a burleta de costumes cariocas Forrobodó, seu maior sucesso teatral. Em 1914 seu tango Corta-Jaca foi executado pela primeira-dama do país, Nair de Teffé, em recepção oficial no Palácio do Catete, causando escândalo político. Em setembro de 1917, após anos de campanha, liderou a fundação da SBAT, sociedade pioneira na arrecadação e proteção dos direitos autorais. Aos 85 anos de idade escreveu a última partitura, Maria, com libreto de Viriato Corrêa.


Sua obra reúne dezenas de partituras para peças teatrais e centenas de músicas nos mais variados gêneros: polca, tango brasileiro, valsa, habanera, schottisch, mazurca, modinha etc. Chiquinha Gonzaga faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro.


DADOS CRONOLOGIA


1847 Nasce no Rio de janeiro a 17 de outubro.
1863 Casa-se com Jacinto Ribeiro do Amaral.
1864 Nasce seu primeiro filho: João Gualberto.
1865 Nasce sua filha Maria.
1866 Embarca com o marido no navio São Paulo, por este fretado, que transporta tropas para a Guerra do Paraguai.
1869 Abandona o marido. Conhece o flautista Joaquim Antônio Callado.
1876 Vive com o engenheiro João Batista de Carvalho. Nasce a filha Alice.
1877 Primeira obra editada: a polca Atraente, que em nove meses chega à 15ª edição.
1879 Começa a instrumentar, com autodidatismo.
1880 Anuncia-se publicamente como professora de várias matérias.
1883 Tentativa frustrada de musicar libreto de Arthur Azevedo (a produção teatral não aceita uma mulher como autora da música).
1885 Estréia como maestrina.
1888 Extinção da escravidão no Brasil, pela qual durante tantos anos Chiquinha Gonzaga lutara.
1889 - Proclamação da República, outro anseio da compositora.
1890 Nasce a primeira neta.
1891 Falecimento do pai.
1896 Falecimento de Rosa, sua mãe.
1899 Carnaval. Compõe Ó Abre Alas. Conhece João Batista, jovem português de 16 anos que seria seu companheiro até o fim da vida.
1902 Viaja para a Europa.
1904 Segunda viagem à Europa.
1906 Instala-se em Portugal.
1909 Retorno ao Brasil.
1911 Inicia intensa atividade musicando peças teatrais para os espetáculos por sessões dos cine-teatros da Praça Tiradentes (RJ).
1912 Estréia Forrobodó, seu maior sucesso teatral.
1913 Deflagra campanha em defesa pelo direito autoral dos compositores e teatrólogos.
1914 Lançamento, com grande sucesso, do tango Corta-Jaca.
1917 Participa da fundação da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. 1919 Grande éxito da peça de costumes regionais Juriti.
1925 Recebe homenagens consagradoras da SBAT e reconhecimento do país inteiro. Aos 85 anos escreve sua última música: Maria.
1934 Falecimento da filha Maria.
1935 Morre no dia 28 de fevereiro. Dois dias depois realiza-se o primeiro concurso oficial das escolas de samba.


Verbete biográfico e dados cronológicos retirada do livro "Chiquinha Gonzaga: uma história de vida". escrito por Edinha Diniz. Editora Rosa dos Tempos, 1999.

Luíza Alzira Teixeira Soriano

Uma das mais destacadas líderes norte-rio-grandenses de todos os tempos, Luíza Alzira Teixeira Soriano nasceu em Jardim de Angicos, RN, em 1896, e faleceu em Natal, em 1963.

Fez apenas o curso básico, mas doutorou-se na vida, engajando-se em movimentos minoritários, participando da carreira política do seu pai, o coronel Miguel Teixeira de Vasconcelos, e acompanhando de perto o trabalho do marido, o promotor Thomaz Soriano de Souza Filho, de quem ficou viúva aos 22 anos de idade.

Numa época em que a emancipação feminina na política era conquistada em poucos países do mundo, um pequeno estado do Nordeste brasileiro proporcionou, através de sua Constituição sancionada pelo governador José Augusto Bezerra de Medeiros, o direito à mulher de votar e ser votada. Com base na Constituição Estadual de 1891, então vigente, e respaldando-se no argumento de que competiria ao estado-membro legislar sobre direito eleitoral, o artigo 77 da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, determinava: “No Rio Grande do Norte, poderão votar e ser votados, sem distinção de sexo, todos os cidadãos que reunirem condições exigidas por esta lei.” Com o apoio do então senador Juvenal Lamartine, grande defensor das causas feministas, houve uma mobilização para inscrever eleitoras e candidatas a cargos eletivos. Surgiram então mulheres ousadas par aos padrões culturais da época, com total capacidade para exercer mandatos, dentre as quais se destacava Alzira Soriano. Ao assumir, em 1929, a prefeitura de Lajes, RN, Alzira Soriano tornou-se a primeira prefeita do Rio Grande do Norte, e também a primeira do Brasil e da América do Sul. Mulher bonita, decidida, de inteligência privilegiada e temperamento forte, Alzira marcou sua administração pelo pioneirismo da gestão feminina e por aspectos inovadores. Uma de suas primeiras ações como prefeita foi convocar intelectuais do estado para formar um quadro de secretários que a ajudasse em projetos de educação, saúde, urbanização e construção de estradas.

A revolução de 30, que aboliu os cargos de prefeito, retirou-a da prefeitura de Lajes, mas seus líderes lhe propuseram a continuidade na administração, como interventora municipal. Com a dignidade que sempre a caracterizou, Alzira Soriano recusou a oferta. Somente em 1945 ela voltaria à vida pública, candidatando-se à vereadora em Lajes. Foi eleita três vezes consecutivas e, liderando a bancada da UDN, chegou à presidência da Câmara por mais de uma vez.
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Nélida Piñon

Quinta ocupante da Cadeira 30, eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda e recebida em 3 de maio de 1990 pelo Acadêmico Lêdo Ivo. Em 1996-1997 tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a Academia Brasileira de Letras, no ano do seu I Centenário.
Nélida Piñon nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 3 de maio de 1937. Filha de Olivia Carmen Cuiñas Piñon e Lino Piñon Muiños, de família originária de Cotobade, Galícia, radicada no Brasil desde a década de 1920. Formou-se em jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Em 1970, inaugurou a cadeira de Criação Literária na Faculdade de Letras da UFRJ. Tem ministrado cursos de curta duração e proferido conferências e palestras sobre temas ligados à cultura, à literatura e à criação literária, e também sobre sua obra romanesca, no Brasil e no exterior.
Sua estréia na literatura foi com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo publicado em 1961. Sua obra de romancista, contista e ensaísta foi traduzida em vários países. Contos seus são publicados em centenas de revistas e fazem parte de antologias brasileiras e estrangeiras.
Titular da Cátedra Henry King Stanford em Humanidades, da Universidade de Miami (ocupada anteriormente por Isaac Baschevis Singer, prêmio Nobel de Literatura de 1978) de 1990 a 2003. Em dezembro de 1996, desligou-se provisoriamente da cátedra, ao assumir a presidência da Academia Brasileira de Letras (1996-1997). Tornou-se a primeira mulher, em cem anos, a presidir a Instituição, no ano do seu I Centenário.
Em 2004, esteve presente à 1.a Reunião Plenária da Comissão do Quarto Centenário da Publicação do Dom Quixote, promovida pelo Presidente Zapatearo na Biblioteca Nacional de Madri. Designada membro do Conselho de Honra do Don Quijote, assumiu em dezembro de 2004, em Madri.
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Biografia: http://www.nelidapinon.com.br/autora/aut_biografia.php

Mulheres fazem história

1792 - Inglaterra

Mary Wolstonecraft escreve um dos grandes clássicos da literatura feminista – A Reivindicação dos Direitos da Mulher – onde defendia uma educação para meninas que aproveitasse seu potencial humano.
1822 - Brasil

A arquiduquesa da Áustria e imperatriz do Brasil, Maria Leopoldina Josefa Carolina, exerce a regência, na ausência de D. Pedro I, que se encontrava em São Paulo. A imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de dom João VI. Ela exige que D. Pedro proclame a independência do Brasil e, na carta, adverte: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".
1827 - Brasil

Surge a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que freqüentassem as escolas elementares; as instituições de ensino mais adiantado eram proibidas a elas.
1857 - Estados Unidos

No dia 8 de março, em uma fábrica têxtil, em Nova Iorque, 129 operárias morrem queimadas numa ação policial porque reivindicaram a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença-maternidade. Mais tarde foi instituído o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em homenagem a essas mulheres.
1879 - Brasil

As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.
1885 - Brasil

A compositora e pianista Chiquinha Gonzaga estréia como maestrina, ao reger a opereta "A Corte na Roça". É a primeira mulher no Brasil a estar à frente de uma orquestra. Precursora do chorinho, Chiquinha compôs mais de duas mil canções populares, entre elas, a primeira marcha carnavalesca do país: "Ô Abre Alas". Escreveu ainda 77 peças teatrais.
1887 - Brasil

Formou-se a primeira médica no Brasil: Rita Lobato Velho. As pioneiras tiveram muitas dificuldades em se afirmar profissionalmente e algumas foram ridicularizadas.
1893 - Nova Zelândia

Pela primeira vez no mundo, as mulheres têm direito ao voto.
1917 - Brasil

A professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino em 1910, lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres.
1920 - EUA

Sufrágio feminino.
1923 - Japão

As atletas femininas ganham o direito de participarem das academias de artes marciais.
1927 - Brasil

O Governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, consegue uma alteração da lei eleitoral dando o direito de voto às mulheres. O primeiro voto feminino no Brasil – e na América Latina! – foi em 25 de novembro, no Rio Grande do Norte. Quinze mulheres votaram, mas seus votos foram anulados no ano seguinte. No entanto, foi eleita a primeira prefeita da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages - RN.
1928 - Brasil

O Governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, consegue uma alteração da lei eleitoral dando o direito de voto às mulheres. Elas foram às ruas, mas seus votos foram anulados. No entanto, foi eleita a primeira prefeita da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages - RN.
1932 - Brasil

Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras.

A primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada, a nadadora Maria Lenk, de 17 anos, embarca para Los Angeles. É a única mulher da delegação olímpica.
1933 - Brasil

Nas eleições para a Assembléia Constituinte, são eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz.
1937/1945 - Brasil

O Estado Novo criou o Decreto 3199 que proibia às mulheres a prática dos esportes que considerava incompatíveis com as condições femininas tais como: "luta de qualquer natureza, futebol de salão, futebol de praia, pólo, pólo aquático, halterofilismo e beisebol". O Decreto só foi regulamentado em 1965.
1945

A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento internacional, através da Carta das Nações Unidas.
1948

Depois de 12 anos sem a presença feminina, a delegação brasileira olímpica segue para Londres com 11 mulheres e 68 homens. Neste ano, a holandesa Fanny Blankers-Keon, 30 anos, mãe de duas crianças, foi a grande heroína individual da Olimpíada, superando todos os homens ao conquistar quatro medalhas de ouro no atletismo.

Declaração Universal dos Direitos Humanos
1949

São criados os Jogos da Primavera, ou ainda "Olimpíadas Femininas". No mesmo ano, a francesa Simone de Beauvoir publica o livro "O Segundo Sexo", no qual analisa a condição feminina.
1951

Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração entre trabalho masculino e feminino para função igual.
1960 - Brasil

Grande tenista brasileira, a paulista Maria Esther Andion Bueno torna-se a primeira mulher a vencer os quatros torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e US Open). Conquistou, no total, 589 títulos em sua carreira.
1974 - Argentina

Isabel Perón torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente.
1975 - Argentina

Ano Internacional da Mulher. A ONU promove a I Conferência Mundial sobre a Mulher, na Cidade do México. Na ocasião, é criado um Plano de Ação.
1979 - Brasil

Eunice Michilles, então representante do PSD/AM, torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Senadora, por falecimento do titular da vaga. A equipe feminina de judô inscreve-se com nomes de homens no campeonato sul-americano da Argentina. Esse fato motivaria a revogação do Decreto 3.199.
1980 - Brasil

Recomendada a criação de centros de autodefesa, para coibir a violência contra a mulher. Surge o lema: "Quem ama não mata".
1983 - Brasil

Surgem os primeiros conselhos estaduais da condição feminina (MG e SP), para traçar políticas públicas para as mulheres. O Ministério da Saúde cria o PAISM - Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, em resposta à forte mobilização dos movimentos feministas, baseando sua assistência nos princípios da integralidade do corpo, da mente e da sexualidade de cada mulher.
1983 - Estados Unidos

Sally Ride é a primeira mulher astronauta. Voou na nave espacial Challenger.
1985 - Brasil

Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher - DEAM (SP) e muitas são implantadas em outros estados brasileiros. Ainda neste ano, com a Nova República, a Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei que criou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
1985

É criado o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), em lugar do antigo Fundo de Contribuições Voluntárias das Nações Unidas para a Década da Mulher.
1987 - Brasil

Criação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro - CEDIM/RJ, a partir da reivindicação dos movimentos de mulheres, para assessorar, formular e estimular políticas públicas para a valorização e a promoção feminina.
1988 - Brasil

Através do lobby do batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais constituintes, as mulheres obtêm importantes avanços na Constituição Federal, garantindo igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.
1990 - Brasil

Eleita a primeira mulher para o cargo de senadora: Júnia Marise, do PDT/MG.
1993 - Brasil

Assassinada Edméia da Silva Euzébia, líder das Mães de Acari, o grupo de nove mães que ainda hoje procuram seus filhos, 11 jovens da Favela de Acari (RJ), seqüestrados e desaparecidos em 1990.

Zélia Cardoso de Mello é a primeira ministra do Brasil. Ela assume a pasta da Economia no governo de Fernando Collor (1990-92).
1993

Ocorre, em Viena, a Conferência Mundial de Direitos Humanos. Os direitos das mulheres e a questão da violência contra o gênero recebem destaque, gerando assim a Declaração sobre a eliminação da violência contra a mulher.
1994 - Brasil

Roseana Sarney é a primeira mulher eleita governadora de um estado brasileiro: o Maranhão. Foi reeleita em 1998.
1996 - Brasil

O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas, na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais.
1996 - Brasil

A escritora Nélida Piñon é a primeira mulher a ocupar a presidência da Academia Brasileira de Letras. Exerce o cargo até 1997 e é membro da ABL desde 1990.
1997 - Brasil

As mulheres já ocupam 7% das cadeiras da Câmara dos Deputados; 7,4% do Senado Federal; 6% das prefeituras brasileiras (302). O índice de vereadoras eleitas aumentou de 5,5%, em 92, para 12%, em 96.
1998 - Brasil

A Senadora Benedita da Silva é a primeira mulher a presidir a sessão do Congresso Nacional.
2001 - Alemanha

A alemã Jutta Kleinschmidt é a primeira mulher a vencer o Rali Paris-Dakar, na categoria carros. Considerada a prova mais difícil do planeta - seu desafio é atravessar o deserto - Kleinschmidt, com essa vitória, faz jus à força feminina, presente em todas as atividades do mundo atual. Em 23 anos de disputa, jamais uma mulher havia ganhado nessa competição.
2006 - Chile

Michelle Bachelet é a primeira mulher eleita presidente, entre todos os países da América do Sul. Em 2007, mais uma presidente é eleita: Cristina Kirchner, na Argentina.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/mulher/mulherhistoria.html

Valentina Vladimirovna Tereshkova




Primeira mulher no espaço quer ir a Marte



"Se eu tivesse dinheiro, viajaria outra vez ao espaço, embora como turista, e também iria a Marte, inclusive com passagem só de ida", declarou Valentina Tereshkova, a primeira cosmonauta da história, que comemora 70 anos nesta terça-feira (06/03/2007).


Em 15 de junho de 1963, esta intrépida russa viajou ao espaço a bordo da nave soviética Vostok 6, retornando à Terra 71 horas depois, transformada em uma heroína.
Tereshkova, que tinha 26 anos na época, deu 48 voltas ao redor da Terra na incômoda cápsula de sua nave, na qual mal podia se movimentar. Após quebrar na segunda-feira cerca de vinte anos de "silêncio com a imprensa", Tereshkova revelou alguns segredos de sua histórica missão espacial.
Em particular, soube-se que o primeiro vôo ao espaço de uma mulher quase terminou em tragédia, já que a cosmonauta correu o risco de nunca retornar ao planeta.


Tereshkova, aos 26, a bordo da Vostok 6. 
"Aconteceu um erro no programa de vôo que levou o aparelho, a cada nova volta, a se afastar da Terra, ao invés de se aproximar", contou Tereshkova. Ela disse que apenas no segundo dia da missão conseguiram sanar a falha no programa, a partir do Centro de Controle de Vôos de Moscou, e devolver a nave à órbita prevista.


Mãe de uma filha e avó de dois netos, Tereshkova participou do sexto vôo tripulado da União Soviética ao espaço.
Por causa de seu aniversário, ela foi recebida hoje pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em sua residência de Novo-Ogariovo, nos arredores de Moscou.
"Seu vôo espacial foi e continua sendo objeto de orgulho do povo soviético e russo", disse o chefe do Kremlin a Tereshkova, a quem presenteou com um ramo de flores e um quadro.

Thereza de Marzo

A Pioneira da Aviação Brasileira


THEREZA DE MARZO nasceu na cidade de São Paulo no dia 04 de agosto de 1903. Era filha de Affonso de Marzo e de Maria Riparullo e tinha seis irmãos. Quando tinha 17 anos, chegou à janela de sua casa na Ladeira Dr.Falcão,defronte ao Vale do Anhangabaú e do Viaduto do Chá e ao erguer os olhos para o céu , avistou um avião. Ficou encantada e decidiu que um dia iria voar também .
Ao comunicar sua intenção à família, provocou um grande alvoroço. A maior reação veio da parte de seu pai , um comerciante italiano de Nápoles. A filha deveria pensar em casamento e não em pilotar aviões .


THEREZA DE MARZO não se intimidou com os protestos. Foi a pé até o Jardim Paulista, no Aeródromo Brasil, onde dois irmãos italianos ministravam instrução de vôo. Ambos gostaram da idéia. Propuseram a ela o preço de 600 mil réis para 10 horas de vôo. Como seu pai não lh e daria o dinheiro, THEREZA DE MARZO decidiu rifar sua vitrola. Ninguém foi premiado, pois sobraram dois cartões. Pode assim então sortear mais uma vez , entre os amigos da família. Agora poderia começar as aulas.


THEREZA DE MARZO não era vaidosa, exceto com relação a sapatos Esta preferência agora, ficaria relegada a um segundo plano. O dinheiro seria somente para pagar suas horas de vôo.


Começou a aprender a pilotar em março de l921. Como seus instrutores João e Enrico Robba viajavam muito, os alunos ficavam muito tempo sem aulas. Ao ser apresentada ao piloto e engenheiro-mecânico FRITZ ROESLER, ex - combatente da Primeira Guerra Mundial, oriundo de Estrasburgo, pediu a ele que se tornasse seu instrutor . Com as aulas mais frequentes, THEREZA DE MARZO progrediu muito. No dia 17 de Março de l922, voou sozinha pela 1ª vez. Começara um ano antes, em Março de 1921. Continuou treinando e voando sem o instrutor por mais 4 vezes . No dia 8 do mês seguinte (abril), apresentou-se para o exame. Decolou no avião francês CAUDRON G-3, de 120 HP, de motor rotativo e permaneceu no ar por 40 minutos, executando as manobras. O vôo foi perfeito e o pouso com muita técnica e habilidade. A pista era pequena - 150 metros de comprimento por 60 de largura - o que provocou a admiração dos que assistiam a prova.


Os examinadores eram o Dr. Luiz Ferreira Guimarães, diretor do Aeroclube do Brasil que foi a São Paulo especialmente para esse fim e os deputados Manoel Lacerda Franco, Amadeu Saraiva e João Robba, além do instrutor FRITZ ROESLER.


THEREZA DE MARZO recebeu o brevê n.º 76 do Aeroclube do Brasil que era filiado à Fédération Aéronautique Internationale. Foi a PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA a voar sozinha e a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Recebeu muitas homenagens e foi o centro de atenção da imprensa. Dias depois, efetuou o 1º reide para a cidade de Santos onde sobrevoou a estátua de BARTOLOMEU DE GUSMÃO. Recepcionou com outros colegas aviadores, os famosos GAGO COUTINHO e SACADURA CABRAL.


THEREZA DE MARZO criou as "Tardes de Aviação", nas quais efetuava seus vôos com passageiros. Certa tarde, ela e o piloto Átila decolaram do Aeroclube do Ypiranga. Quem comandava o vôo era THEREZA DE MARZO. O colega deveria jogar flores sobre os jogadores, ao voarem rasante sobre o Estádio Palestra Itália. Ao colocar a mão para dentro do avião, Átila bateu sem querer na seletora do combustível, fechando-a e parando o motor. THEREZA DE MARZO já escolhia um lugar seguro para pousar quando resolveu tentar mais uma vez mexer no comando da gasolina. Já próxima do chão, sentiu que o motor voltava a funcionar e o vôo prosseguiu sem problemas. A aviadora continuou fazendo seus vôos durante 4 anos. Possuia um aparelho CAUDRON G-3, que comprara aconselhada por amigos por 8 contos de réis. Batizou-o com o nome de "São Paulo". Mais tarde, adquiriu um "Oriole". Voou cerca de 350 horas, que foram registradas oficialmente, sendo que muitas não foram computadas, pois seu instrutor achou desnecessário. Como na época, stava ficando cada vez mais difícil manter um avião, THEREZA DE MARZO pediu ao Presidente da República, WASHINGTON LUIZ, uma subvenção para a gasolina e recebeu como resposta:"Não quero contribuir para seu suicídio"! O preconceito contra a mulher sempre esteve presente. A vida estava cara e a aviadora não podia manter seu treinamento. Seu antigo instrutor - FRITZ ROESLER - havia se apaixonado pela aluna. THEREZA DE MARZO então aceitou a proposta de casamento que ele lhe fizera. Casaram-se em 25 de setembro de l926, com grande repercussão na sociedade brasileira. Presentes muitas autoridades representativas da época.


THEREZA DE MARZO ficou triste quando o marido ciumento não permitiu que voltasse a voar. Ela não tinha dinheiro para pagar a gasolina e ele não queria ajudá-la. Tinha, porém, esperanças de que poderia fazê-lo mudar de idéias depois e assim, conciliaria os dois amores. Embora sempre acompanhasse FRITZ ROESLER em suas atividades profissionais, não mais voltou a voar como piloto.


THEREZA DE MARZO conseguira meios para a construção de um hangar, no Ypiranga, colhendo donativos numa praça em Santos. Em 1923, venderam este hangar e se mudaram para o Campo de Marte . Lá, funcionou a Escola de Pilotagem e o Clube de Planadores, criação de Fritz. Esse piloto-engenheiro construiu os primeiros planadores EAY-101 (primários e secundários). Projetou e construiu também os primeiros cinco Paulistinhas EAY-201, no Brasil., que chamou de "Ypiranga".


A Empresa Aeronáutica Ypiranga (1931} fora construida em sociedade com Henrique Santos Dumont e o aviador americano Orton Hoover.


O projeto do Ypiranga foi vendido mais tarde para Francisco Pignatari, dono da Companhia Aeronáutica Paulista. Assim, o EAY-201 deu origem ao CAP-4, Paulistinha, de 65 HP, muito usado em instruções primária nos aeroclubes durante muito tempo.


FRITZ ROESLER naturalizou-se brasileiro em 1932. Foi o idealizador da VASP sendo um de seus fundadores (04.11.1933), juntamente com Henrique Santos Dumont e o engenheiro Jorge Corbusier. Recebeu algumas condecorações, assim como sua esposa aviadora. Viveram casados durante 45 anos, quando ele veio a falecer em 02 de Julho de 1971. Foi enterrado no cemitério do Araçá, na cidade de São Paulo, assim como THEREZA.





Condecorações de THEREZA DE MARZO:
• Medalha de Pioneira da Aeronáutica pela Fundação Santos Dumont São Paulo (1961).

• Medalha de Mérito Aeronáutico pelo Ministério da Aeronáutica São Paulo (1976).

• Medalha de Ouro Santos Dumont Minas Gerais (1980).



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THEREZA DE MARZO ROESLER
* 04/08/1903 • + 09/02/1986
(1º Brevê feminino no Brasil)
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Joana França Stockmeyer

Joana França Stockmeyer foi a primeira mulher admitida no Serviço Público Federal brasileiro, por intermédio da Imprensa Nacional, onde trabalhou como monotipista, de 1892 até aposentar-se,  em 1944.
O trabalho de monotipista consistia em digitar o texto do impresso em uma máquina dotada de um teclado, com matrizes de tipos e uma unidade fundidora.


Foi declarada "Patrona da Servidora Pública Brasileira" por Decreto de 5 de março de 2008, publicado no Diário Oficial da União em 6 de março de 2008.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Betty Friedan


Betty Naomi Goldstein Friedan
(1921 - 2006)


Escritora, feminista norte-americana é um nome maior dos direitos humanos e feminismo mundial. Betty nasceu no Illinois, dia 4 de Fevereiro de 1921, filha de judeus russos imigra-dos. Licenciou-se em Psicologia e Sociologia. Encorajada pela mãe seguiu jornalismo. Defensora dos direitos das mulheres, denunciou o modelo tradicional de sociedade remetendo a mulher para a área restrita da casa. Casou em 1947 com Carl Friedan e tiveram três filhos. Publicou em 1963 o importante livro com o título «The Feminine Mystic» (A Mística Feminina). Este livro sobre a mulher foi o mais vendido no mundo, na altura, e faz parte da trilogia dos livros fundamentais sobre feminismo que são «A Room of One's Own» de Virgínia Woolf (1929), e «O Segundo Sexo» (1949), de Simone de Beauvoir e o dela Betty Friedan. Em 1966 Betty fundou, com uma amiga, a famosa National Organization for Woman (NOW) de que foi presidente. Pediu a igualdade salarial para todos e falou sobre a despenalização do aborto. Em 1970 foi a impulsionadora de uma enorme manifestação convocada pela Frente de Libertação das Mulheres nos EUA. O seu último grande trabalho foi uma investigação sobre a velhice que publicou com o título «The Fountain of Age», ainda não traduzido em português. Faleceu no dia 4 de Fevereiro de 2006

Simone Beauvoir


Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Forma-se em filosofia, em 1929, com uma tese sobre Leibniz. É nessa época que conhece o filósofo Jean-Paul Sartre, que será seu companheiro de toda a vida. 




Em 1945, ela funda, com Sartre, o combativo periódico Les Temps Modernes. 

Escritora e feminista, Simone de Beauvoir fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo - movimento que teria enorme influência na cultura européia de meados do século passado, com repercussões no mundo inteiro. 

Em 1949 publica O Segundo Sexo, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens. Os Mandarins é de 1954; nesse mesmo ano, Beauvoir ganha o prêmio Goncourt. 

Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960; foram também a Cuba, recebidos por Fidel Castro e Che Guevara. Sempre tiveram marcada atuação política, manifestando-se contra o governo francês por suas intervenções na Indochina e na Argélia; contra a perseguição dos judeus durante a Segunda Guerra; contra a invasão americana do Vietnã e em muitas outras ocasiões. 

Simone de Beauvoir morreu em Paris, em 14 de abril de 1986. Entre seus muitos livros, vale ressaltar O Sangue dos Outros (1945), Uma Morte Muito Suave (1964) e A Cerimônia do Adeus (memórias da vida com Sartre, 1981).


Maria da Penha

Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica cearense, hoje com 61 anos, fez da sua tragédia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante 20 anos para que fosse feita justiça.
O seu agressor, o professor universitário de economia Marco Antonio Herredia Viveros, era também o seu marido e pai de suas três filhas.
Na época ela tinha 38 anos e suas filhas idades entre 6 e 2 anos.
Na primeira tentativa de assassinato, em 1983, Viveros atirou em suas costas enquanto ainda dormia, alegando que tinha sido um assalto.
Depois do disparo, foi encontrado na cozinha, gritando por socorro.
Dizia que os ladrões haviam escapado pela janela.
Maria da Penha foi hospitalizada e ficou internada durante quatro meses. Voltou ao lar paraplégica e mantida em regime de isolamento completo.
Foi nessa época que aconteceu a segunda tentativa de homicídio: o
marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro.
Herredia foi a júri duas vezes: a primeira, em 1991, quando os advogados do réu anularam o julgamento. Já na segunda, em 1996, o réu foi condenado a dez anos e seis meses, mas recorreu.
Em parceria com o CEJIL e o CLADEM  denunciou o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA pela negligência   do Estado Brasileiro tratar os casos de violência doméstica no Brasil.
Após as tentativas de homicídio, Maria da Penha começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará.
A história de Maria da Penha pode ser conhecida na biografia que escreveu em 1994, intitulada “Sobrevivi... Posso contar”.

Hoje ela atua junto à Coordenação de Políticas para as Mulheres da prefeitura de Fortaleza e é considerada símbolo contra a violência doméstica e batizou a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, sancionada pelo presidente Lula, no dia 7 de agosto de 2006.



Veja este site: http://fortalezanobre.blogspot.com/search/label/Maria%20da%20Penha

Bertha Lutz


Berta Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo, em 1894.
Zoóloga de profissão, em 1919 tornou-se secretária do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O fato teve grande repercussão, considerando-se que na época o acesso ao funcionalismo público ainda era vedado às mulheres. Mais tarde, tornou-se naturalista na seção de botânica da mesma instituição. Em 1922, representou o Brasil na assembléia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. De volta ao Brasil, fundou a Federação para o Progresso Feminino, iniciando a luta pelo direito de voto para as mulheres brasileiras. Ainda em 1922, como delegada do Museu Nacional ao Congresso de Educação, garantiu ingresso das meninas no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Sucessora de Leolinda Daltro, fundadora da primeira escola de enfermeiras do Brasil, Berta Lutz organizou o I Congresso Feminista do Brasil. Na Organização Internacional do Trabalho, discutiu problemas relacionados à proteção do trabalho feminino. Em 1929, participou da Conferência Internacional da Mulher, em Berlim. Ao regressar, fundou a União Universitária Feminina. Em 1932, criou a Liga Eleitoral Independente e, no ano seguinte, a União Profissional Feminina e a União das Funcionárias Públicas.
Ainda em 1933, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e publicou A nacionalidade da mulher casada, na qual defendia os direitos jurídicos da mulher.
Candidata em 1933 a uma vaga na Assembléia Nacional Constituinte de 1934 pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, representando a Liga Eleitoral Independente, ligada ao movimento feminista, não conseguiu eleger-se. Contudo, acompanhou as discussões da Constituinte, a convite da deputada paulista Carlota Pereira de Queirós. No pleito de outubro de 1934, candidatou-se mais uma vez e, novamente, obteve apenas uma suplência. No entanto, acabou assumindo o mandato em julho de 1936, devido à morte do titular, deputado Cândido Pessoa. Em sua atuação, lutou pela mudança de legislação trabalhista referente à mulher e ao menor, propôs igualdade salarial, licença de três meses à gestante, redução da jornada de trabalho - então de 13 horas. Permaneceu na Câmara até 1937, ocasião em que o regime do Estado Novo (1937-45) dissolve os órgãos legislativos do país.
Em 1975, Ano Internacional da Mulher, integrou a delegação brasileira à Conferência Mundial da Mulher, realizada no México e patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Morreu no Rio de Janeiro, em 1976.
Fonte: www.cpdoc.fgv.br